Se você não é dentista talvez nem tenha ouvido falar no PL 654/2015, que pedia a proibição do uso do amálgama dentário no Brasil. Ele foi quase proibido, em seguida o projeto de lei foi retirado e ficou por isso mesmo (por enquanto).
O que é amálgama?
Amálgama é um termo que se refere à mistura de metais, estando um deles em estado líquido. Via de regra, esse metal líquido é o mercúrio. Em Odontologia, chamamos de amálgama de prata aquelas restaurações escuras, metálicas, que hoje em dia andam meio em desuso.
Por que proibir as restaurações de amálgama?
O argumento recorrente dos críticos é que as restaurações de amálgama contêm mercúrio, um metal pesado e sabidamente tóxico para o organismo. E esse argumento, sem dúvida, merece atenção. Se alguma coisa é tóxica e pode fazer mal à saúde, é bom pensar 2 vezes antes de utilizá-la. Porém, é só analisar a questão com um pouco mais de profundidade pra se perceber que é frágil o embasamento dos contrários à utilização desse material com função restauradora.
O amálgama é realmente tóxico?
Ok, restaurações de amálgama contêm mercúrio. Mercúrio é tóxico. Então o amálgama das restaurações faz mal à saúde? Não é BEM assim.
O Dr. José Mondelli, Professor Sênior do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de S.Paulo é um dos defensores da continuação do uso das restaurações de amálgama. Suas justificativas, as mesmas que usarei aqui (tentando ao máximo simplificá-las pra você que não é dentista e não tem obrigação nenhuma de saber de nada disso) 🙂 , podem ser lidas na íntegra nesse artigo. Como você pode conferir no seu extenso Curriculum Lattes, ele é uma autoridade no assunto e não apenas “acha”, mas SABE do que está falando, baseado em ciência.
Segundo o Dr. Mondelli, os argumentos dos críticos do amálgama são “pouco louváveis”. Discute-se, por exemplo, quantos miligramas de mercúrio que podem evaporar de uma restauração de amálgama durante a mastigação. Outro ponto é a suposta elevação dos níveis de mercúrio no sangue e na urina quando a pessoa tem restaurações de amálgama, e a diminuição desses níveis quando essas restaurações são removidas. Porém não se acha publicada nenhuma pesquisa séria, científica, que demonstre que restaurações de amálgama causem doenças sistêmicas.
O mercúrio das restaurações de amálgama entra em contato com o organismo?
Aí é que está. É preciso lembrar que existem três formas de mercúrio: o inorgânico, o orgânico e o elementar. O mercúrio que está no amálgama é o inorgânico (ou metálico), que é mal absorvido pelo intestino e, quando EVENTUALMENTE absorvido, tende a permanecer neste estado até ser eliminado no xixi.
O mercúrio orgânico – esse sim, altamente tóxico e rapidamente absorvido pelo intestino – é completamente diferente do inorgânico, e é esse tipo de mercúrio que está presente em peixes e mariscos de água contaminada e em alguns pesticidas.
Já o mercúrio elementar vem da inalação de vapores, sendo que o vapor de mercúrio é absorvido e oxidado completamente à sua forma inorgânica (aquela que está no amálgama e acaba sendo eliminada na urina SE absorvida).
Diferenciadas as apresentações do mercúrio, é importante salientar que o organismo não é capaz de transformar o mercúrio inorgânico do amálgama em mercúrio orgânico, o tipo tóxico. A quantidade de mercúrio que o organismo absorve proveniente do amálgama é muito pequena se comparada à absorvida dos alimentos, por exemplo. (*)
Mas por que continuar a usar amálgama se hoje em dia já existe a “resina da cor do dente”?
Porque há casos e casos. As pessoas costumam achar feias as restaurações de amálgama, afinal elas são escuras e se destacam no dente, ao contrário das restaurações de resina, que nem aparecem. A questão é que, dependendo da situação, não dá pra usar resina… ou usar amálgama é BEM melhor.
Por exemplo: pacientes com necessidades especiais, que representam 10% da população do Brasil. Nesse tipo de paciente, o amálgama pode ser o único material restaurador viável, porque ele pode ser inserido e condensado mesmo na presença de saliva, algo impossível no caso da resina. O amálgama tem embricamento mecânico, já a resina é adesiva (e todo mundo sabe que algo molhado não “gruda”). Em pacientes especiais, pode não ser possível fazer isolamento absoluto pra garantir “tudo seco” pra adesão da resina. Além disso, as condições de higiene desses pacientes costumam ser piores, porque eles mesmos não conseguem escovar os dentes (imagine usar fio dental…), e nem sempre os cuidadores dão conta do recado. Uma restauração de resina em um paciente de higiene duvidosa é garantia de problemas, que vão desde à “queda” da restauração (porque ela não “grudou”) até dor, abscessos e necessidade de tratamento de canal.
E a poluição do meio ambiente?
Essa é uma questão que tem que ser levada muito a sério! Mas dizer que a remoção de restaurações de amálgama polui o meio ambiente é “meia verdade”… afinal de contas existem protocolos rígidos de descarte desse material, não é só jogar no ralo! O dentista que não faz o descarte respeitando esses protocolos, vai ter que se explicar com os órgãos competentes…
* * *
Concluindo, diz o Dr. Mondelli: “Não se pode deixar, em nome da modernidade, que palavras e até estudos longe das evidências científicas, mas perto dos interesses mercadológicos, ONGS ou entidades políticas, deem o veredito final acerca de um material sem que entidades internacionais como a ADA, FDA, FDI e órgãos oficiais de nosso país como o CFO (Conselho Federal de Odontologia) e CROs (Conselhos Regionais de Odontologia), além de associações responsáveis como a ABO e ABCD e entidades científicas e acadêmicas como a ABENO, GBMD, GBPD, responsáveis pela qualificação e ensino dos produtos odontológicos, demostrem de fato o que deve ser usado e ensinado e o que deve ser descartado. Até então, com a necessária prudência e dentro dos conhecimentos e estudos pertinentes, podemos prosseguir na utilização do amálgama dentário, sem o receio que tem se tentado disseminar sobre um possível efeito danoso de um de seus componentes”.
Enfim… ficou claro, né?! Critiquem, mas tenham base científica pra isso. 😉
Só a título de curiosidade: o uso mais antigo da palavra amálgama atribui-lhe o gênero masculino, o que significa que, de um ponto de vista normativo mais conservador, pode-se considerar que o correto é o amálgama. No entanto, atualmente, aceita-se o emprego da palavra no feminino e pode até se dizer que essa tendência se expandiu, de tal modo, que hoje amálgama é substantivo que ocorre corretamente quer no gênero masculino, quer no gênero feminino.
Leia também:
Amálgama faz mal?, no Blog Odontostalgia
Restaurações de amálgama, resina, mercúrio no sangue e bisfenol A, no Blog DicasOdonto
52 comentários
Ola,
Tenho uma duvida quanto a posição dos braquetes nos dentes. Todos eles precisam estar a mesma altura nos dentes? Tipo vendo por um perfil simetrico da boca, tem dente meu em que a pecinha do aparelho ta mais colada na ponta do dente e no dente simetrico a ele ta colado mais pra cima, a diferença é pequena mas isso não prejudica o alinhamento e nivelamento dos dentes? Porque se o dente vai se mover ate que as peças estejam alinhadas, significa que se elas estiverem a alturas diferentes um dente vai ficar um pouco mais pra cima que o seu simetrico, ai fica feio, devo pedir pro meu dentista consertar isso??
obs: to com aparelho um pouco mais de 2 meses.
Desde já agradeço.
Você tem razão, Roberto. Se os bráquetes estiverem colados em alturas diferentes, os dentes vão se alinhar segundo essas alturas, levando a uma falta de nivelamento. Mas o dentista quando cola os bráquetes leva isso em conta, então talvez seja só impressão sua por causa do desalinhamento inicial ou que haja desgastes nesses dentes. De qualquer forma, se você tem dúvida, converse com o seu ortodontista pra ele verificar. Os bráquetes podem ser recolados em qualquer fase do tratamento ortodôntico.
Boa noite. Dra. Ana, já falei com o meu dentista e ele disse que o dente ele arrancou e que não sabe por que continua saindo líquidos do local onde foi extraído o siso. Na verdade se eu pudesse não voltaria mais lá. E as manchas nos dentes ele fala que é por causa dos antibióticos, foram mais de dois meses tomando, Dra. Qual providência devo tomar, não posso continuar com dor e se a secreção voltar? Te agradeço muito pela atenção, e obrigada por seu blog existir.
Talvez esse líquido seja um exsudato inflamatório, uma “aguinha” cheia de proteínas que sai da ferida no período de cicatrização. Se for isso, é normal. Antibióticos de forma geral não mancham os dentes, e pra manchar seria preciso o uso deles durante a fase de calcificação dos dentes, o que ocorre na infância, não na fase adulta (falando especificamente de um antibiótico chamado tetraciclina, que nem se usa mais em crianças por causa disso).
Boa tarde Dra. Ana, o líquido que sai do buraquinho é um líquido gosmento com gosto do antibiótico que tomei há quinze dias. E dói, sinto fisgadas na parte interna da mandíbula.
E o seu dentista diz o quê a respeito (sobre os dentes manchados, inclusive)? Você teve alveolite (o que, em si, atrasa o processo de cicatrização) e tem sintomas de parestesia.
Boa noite Dra., há possibilidade de o meu dentista ter afetado o meu nervo? Porque não cicatriza e continua saindo líquidos do local onde ele anestesiou.
Cátia, sim, há possibilidade de lesão no nervo, mesmo que seja uma situação passageira. Que tipo de “líquidos” saem do local da anestesia? Tem um “buraquinho” na gengiva por onde esse líquido sai?
Oi doutora ! Tenho restauração de amalgama e quero tirar, pois tenho medo de fazer mal.
Se for só esse o motivo, não se preocupe. Não faz mal, não.
Boa noite Dra., fiz uma extração do siso ha dois meses, tive alveolite, tratei com antibióticos, o alvéolo não fechou e ainda sai um liquido amarelo do local, não doi, mas o liquido tem um cheiro ruim, meu dentista disse que é normal, não sei mas o que fazer. Desde de já agradeço.
Catia, não há muito o que fazer além de aguardar a cicatrização. Às vezes demora, mesmo.
Desculpa a ignorância, mas os amálgamas como “surgem”??? Aconselha tentar tira-las? Tenho isso deste criança, mas não me lembro se foi por causa de tratamento ou não!! As vezes acho até feinho, pois meus dentes são todos brancos, mas quando abro a boca aparece os molares pretinhos por cima rsss… agradeço deste já !
Eduardo, os amálgamas são restaurações, eles não “surgem”, algum dentista colocou eles aí. Só aconselho você remover se eles estiverem com algum problema ou se a estética estiver incomodando de verdade. Se não, mantenha. Procure um dentista pra avaliar e ver se está tudo ok. 🙂
Dra., eu sou apaixonada pelas minhas amálgamas “do fundão”, tenho desde criança e estão intactas. As mais da frente troquei por resina por questão estética e achei bem ruim, já tive que refazer várias, uma pena, quebram muito fácil 🙁
<3 Quisera eu ainda ter as minhas restaurações de amálgama... ;)
Olá doutora. Fiz tratamento de canal no meu dente 37, e ainda está com a restauração provisória. Ha 2 dias fraturou um pedaço da coroa enquanto eu comia, saiu uma parte da parede mesial e metade da vestibular. Minha dúvida é: será que o dentista conseguirá restaurar esse dente ? Andei pesquisando sobre transplante dentário, como tenho o dente 38 hígido, pensei que seria uma boa opção se não houver salvação. Retorno ao dentista depois de amanhã e estou com medo da resposta dele pois não tenho dinheiro para fazer uma coroa ou implante e não quero ficar sem um dente, tenho 22 anos e só esse dente com problema. Agradeço desde já, um beijo.
Ana, talvez seja possível restaurar de forma direta, sim. Se não, um bloco deve resolver. Caso pra implante certamente não é.
Olá Doutora!! Quanto tempo =D
Me tire uma dúvida… O dente que é posto a banda, também se movimenta igual aos que possuem brackets?
Digo isso pois o meu dente de baixo que foi posto banda está bem tortinho, ele será consertado também, né?
Oi Valério, pois é! 🙂
Sim, os dentes com bandas são movimentados como os outros dentes. A posição desses dentes será corrigida, também.
Dra. Fiz uma restauração há 6 meses atrás, porém desde ontem que eu estou sentindo muita dor no dente que foi restaurado!! O que poderá ter acontecido? Estou com muita dor e só vou ao dentista semana que vem!!
Geysiane, provavelmente uma pulpite (inflamação do “nervo” do dente). Procure seu dentista pra reavaliar e ver o que está acontecendo.
Doutora, tenho algumas duvidas… a primeira é: meus dentes de tras tem manchas brancas quase neles todos, mas foi por falta de cuidado mesmo. 1. Se eu fizer um clareamento, melhora? E pode dar mau halito? 2. E sobre saburra lingual e lingua pilosa, como se trata? A saburra ate que consigo tirar, mas de manha sempre volta tudo, pq? 3. E pra lingua pilosa tem que tomar remedio? 4. A saburra pode ser consequencia da lingua pilosa? Tem cura? Espero que possa me ajudar! 😉
Paula, editei seu comentário e numerei, pra facilitar. Vamos lá:
1. Depende do tipo de mancha. Pode estar indicado clareamento, microabrasão… depende. É preciso avaliar.
2. A saburra se “trata” removendo ela na escovação. A língua pilosa da mesma forma, já que ela consiste no alongamento de papilas gustativas normais, muitas vezes estimulada pela pobre higiene da língua. Sim, a saburra sempre volta, porque ela é resultado do acúmulo de resíduos alimentares, bactérias, células mortas, etc..
3. Não, é preciso apenas manter a boa higienização.
4. Sim, porque a língua pilosa aumenta a área de retenção de resíduos alimentares, bactérias e células mortas. Não tem cura, mas tem controle.
Mas doutora eu faço uma boa higienizaçao mas nao adianta… Eu pesquisei e encontrei assim em um site que a lingua pilosa desaparece com uso de antibioticos, e a outra parte que sobre a saburra deve ser tratado com bochechos de colutorio/elixir com caracteristicas oxidantes e tinha mais coisa tbm… se eu for em um dentista ele vai me passar isso ja que com só a higienizaçao nao ta dando certo?
Cada caso é um caso, não existe tratamento que funcione pra toda pessoa, o que se encontra na Internet (quando dá pra ser levado a sério) são no máximo orientações GERAIS. Procure logo um dentista, não fique tentando “resolver” sozinha em casa.
Mas eu vou, só queria ter uma noçao antes de ir…
Claro, é compreensível. 🙂
Bom dia nobre Doutora, tudo bem?
Desculpe lhe incomodar com minha dúvida… Mas cada pessoa me fala uma coisa, e estou confusa.
Pouco tempo atrás, uma mancha apareceu na emenda de uma restauração de um dos meus molares inferiores do lado direito (no 1º). Fui no dentista, e ele me disse que só precisa de uma limpeza.
Eis que, pouco tempo após, comecei a sentir um pouco de desconforto na boca, mas não consigo identificar se é desse dente exatamente… Além disso, não sei se pode estar associado, sinto dores no pescoço, e as vezes, ao passar a mão no rosto, do lado desse dente, sinto uma certa dorzinha, um leve incômodo…
Minha família tem me dito que é só usar Sensodyne, que vai melhorar… Mas já me disseram que pode ser infiltração de cárie, pois um dente restaurado tem n vezes mais chances de pegar cáries do que um dente bom…
Minha dúvida para a Senhora é, se você imagina o que pode ser, e quais cuidados devo tomar. Devo procurar novamente o mesmo dentista? Pode ser algo muito grave?
AH! Me falaram que isso pode ser os sisos também, e realmente, eu tenho os quatro, mas o desse lado da boca está um pouco torto.
Enfim, muito obrigado desde já, pela atenção.
Um beijo e um abração.
Tudo ótimo, Marcia! Pelo seu relato, não dá pra associar essa mancha na restauração / dente aos sintomas que você tem. Dependendo da sua idade pode ser o siso, mas pode ser outro dente ou até algo gengival. Enfim… procure um dentista pra avaliar clinicamente.
Obrigado, Doutora.
É antiético eu procurar outro dentista para avaliar? AAAAAAAAH! Outro que eu digo que não a senhora, você me ajudou muito! Eu digo outro especialista daqui da perto (até porque sou de São Paulo).
A relação de ética é entre os dentistas, Marcia…. você, como paciente, pode fazer o que quiser. 🙂
Muito obrigada!
Eu diria que a senhora é um doce, mas doce dá cárie! Hihihi
Ahuahuahuahua <3
Dra, quais os sintomas de pulpite reversivel e polpa necrosada? Como é o tratamento expectante? Como é a pulpite reversivel? Obrigada.
Liz, a pulpite reversível é um inflamação no “nervo” do dente, só que essa inflamação pode ser revertida, o que evita o tratamento de canal. Como revertê-la? Uma possibilidade é fazer um tratamento expectante que, como o próprio nome diz, consiste em remover a cárie (ou a restauração que causou a inflamação na polpa dental), fazer um curativo e ESPERAR por alguns dias pra ver se o dente para de doer. Se não doer, ok, deve ser possível restaurar novamente. Já a necrose é a morte da polpa, e aí, só tratamento de canal (remover o “nervo” e vedar o interior do dente).
Dra, como saber se o dente necrosou?
Depende. O dentista faz alguns exames e testes pra diagnosticar a necrose pulpar. Numa radiografia pode aparecer um escurecimento na pontinha da raiz do dente… mas quando a necrose é recente, nem aparece nada na radiografia. Dor espontânea e à palpação pode significar necrose, também. O teste mais simples é o térmico (teste de vitalidade pulpar), que consiste em encostar um algodão gelado no dente. O normal é que a pessoa sinta sensibilidade, que em alguns segundos some. Se não houver nenhuma sensibilidade (o que em princípio parece uma coisa boa, mas não é), o dente já deve ter necrosado.
Olá, achei o blog muito interessante, ótimo trabalho!
Gostaria de tirar uma dúvida nada a ver com o post, mas desde cedo hj venho sentindo dores no final da gengiva, achei q fosse algum siso nascendo, pois inchou e td e agora à noite percebi q o ultimo dente está afundando, e há uma linha bastante avermelhada em volta dele! Dói mt, não dá p fechar a boca direito! Lembrando q n houve trauma ou qualquer pancada. Pf ajude!! Obrigada desde já!!
Afundando como, Leticia? Não seria a gengiva que cresceu?
Doutora, fiz uma restauração quarta (25/05/2016), onde foi colocado aquele curativo “massinha”, e fui avisado a retornar na proxima quarta, mas o problema e que desde esse procedimento perdi boa parte da sensibilidade nos lábios e na ponta da lingua, principalmente no superior, causando sensação de gordura nos labios ao tocar com a lingua, o que pode ter ocorrido? Lembrando que a restauração foi feita em um dos ultimos dentes do lado direito inferior. Desde ja agradeço.
Robson, os sintomas parecem ser de parestesia (perda temporária da sensibilidade na região inervada pelo nervo afetado), mas não faz muito sentido que a anestesia (que supostamente “machucou” o nervo) tenha sido em cima e a parestesia embaixo. Converse com o seu dentista.
Boa tarde!! Gostei muito do seu blog, meu comentario não tem a ver com esta materia, mas se puder responder… Eu extrai o meu segundo molar, aqueles do lado do ciso, fui ontem tirar os pontos e percebi que ta um buraco, e entra comida nesse buraco, esse buraco se fecha com o tempo ? Não tem problema ficar entrando comida ? Desde já obrigada.
Obrigada, Marcela. 🙂 O “buraco” pode levar semanas pra fechar, é assim mesmo… mas ele fecha, pode ficar tranquila. Acabam entrando resíduos alimentares sim, não tem jeito. Sobre a forma de higienizar, eu falo aqui –> https://medodedentista.com.br/2015/01/como-limpar-o-local-da-extracao-de-um-dente.html
Ana, viu a reportagem do dentista maníaco da peruca? =O
http://faceboock.net.br/wp-content/uploads/2015/03/a-que-pontos-chegamos.jpg
Moura, vi! Tem doido pra tudo nesse mundo. Em toda profissão. O.o
Boa tarde doutora, estou com uma dúvida, extrai o dente do siso e já tirei os pontos, porém ficou um buraco enorme no lugar, e esse buraco tem uma coloração preta, e eu estou com muito medo que seja uma infecção. Será que você poderia me ajudar?
Patrick, se você não sente dor, não há sangramento ou outros sintomas importantes (inchaço, por exemplo), deve ser só o aspecto da gengiva, mesmo. Em princípio não vejo motivo pra preocupação.
Muito bom!!! Aprendi agora a explicar direitinho pros meus pacientes a diferença, porque todos perguntam!!!!
🙂
Olá!!! Tenho quatro dentes molares com amálgama dentário, por várias vezes eu quis trocar e os dentistas sempre falando pra eu não fazer isso, pois este dura mais, porém agora estou com dores nesses dentes, não são cáries disse a dentista, mas o que seria então? Preciso troca-las???
Aguardo!!!
Adriana, difícil dizer exatamente o motivo da dor só com base no seu relato. Pode ser sensibilidade dentinária, por exemplo e nem ter nada a ver com essas restaurações. Sobre sensibilidade eu falo aqui –> https://medodedentista.com.br/2012/05/dentes-sensiveis-o-que-fazer.html
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