Em sua despedida das Olimpíadas (com S sim, porque eu estou falando de várias ;)), e com mais um ouro, Michael Phelps disputou sua última prova na história dos jogos. Em sua anunciada despedida, aos 27 anos, o americano conquistou a medalha de ouro no revezamento 4×100 m medley, no último sábado. Acaba assim a trajetória olímpica de uma lenda das piscinas e do esporte mundial: 22 medalhas olímpicas, 18 delas de ouro.
A sua participação em Londres começou “mal”, com um inesperado quarto lugar nos 400 m medley, prova em que Thiago Pereira ganhou a prata (CHUPA PHELPS). Já quando veio a medalha, mesmo não sendo a dourada, ele fez história: a prata nos 200 m borboleta o colocou ao lado da ex-ginasta Larisa Latynina como o atleta com o maior número de medalhas em Jogos Olímpicos, com 18 no total. A marca inédita de 19 pódios (que depois virariam 22) veio com o ouro no revezamento 4×200 m livre.
Ficam as perguntas: será que ele mudará de ideia e voltará para o Rio em 2016? Será que ele nunca pensou em resolver esse palato atrésico? Porque eu tenho certeza que os colegas dentistas já pensaram… o/
Sugestão da Eloise e da Gigi. 🙂
Veja aqui outros sorrisos de dar medo no dentista
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7 comentários
Pelo que sei, o Phelps nada desde criancinha. Por volta dos 8 anos foi diagnosticado pelos professores como aluno portador de dificuldades no aprendizado. Essa atresia maxilar, na verdade, se originou da exagerada respiração bucal durante o esforço da atividade esportiva da natação.
Imagina numa prova de alto rendimento cárdio-pulmonar, o cara ter que inspirar corretamente, calculando as consequências esqueléticas desse ato. Ai não seria nunca o cara mais” dourado” do planeta. Agora vai lá e racha essa sutura e pronto. Simples, não acham?
hahahahaha. Ele deve roncar de dar medo…. Já imaginou a noite inteira com ele?
O que dá medo em mim é que todas as pessoas estão ficando com os mesmos dentes, todos artificialmente alinhados, perfeitos, ainda mais com o tal “clareamento” que deixa um branco irreal ! Todos padronizados, para o bem do bolso dos dentistas ! Tenho medo de dentistas sim, mas não pela dor!
Jacques, os sorrisos das pessoas estão longe de serem “padronizados”. Eu vejo de tudo por aí… principalmente imperfeições (que, pra falar a verdade, quando na dose certa deixam o sorriso muito mais natural). Agora, quando o paciente busca essa padronização, ele o faz porque viu o sorriso de algum ator ou atriz na TV e quer “igual”. Ou seja: é um desejo do paciente. Quando é possível e o paciente pode pagar por esse desejo, por que não? Dentista tem contas pra pagar (e desejos a satisfazer, também) e precisa ganhar dinheiro, não vejo demérito nenhum nisso, pelo contrário. Desculpe, mas essa história de que “tenho medo de dentistas sim, mas não pela dor!” soa como “ah como eu queria ter dinheiro pra fazer o mesmo”…
Procure um dentista e faça uma avaliação. Exponha os seus desejos pra ele. Você pode se surpreender ao descobrir que “dá”. 🙂
Cara Ana, não preciso ir a um dentista fazer uma avaliação, como sugeriste, e nem minha crítica é algum sinal de um desejo meu. Tenho 41 anos, desde infância meus dentes são tortos, afastados e “prá frente” ( minha mordida também é desalinhada) e todos os dentistas pelos quais passei me disseram que não há problema algum, que eu só usaria “aparelho” se eu quisesse, por estética.
Estou com minha dentista atual há 17 anos ininterruptos, ela é, entre outras coisas, professora da Pós-Graduação da UFRGS. Com ela conservo muito bem meus dentes apenas com fio, escovação correta e flúor feito em farmácia, nada mais. Porém, já vi dezenas de amigos gastarem com esse líquidos inúteis ou cremes dental caros, tudo por indicação de dentistas. A mesma coisa com o tal “aparelho”, Muita gente que não precisa acaba usando pois o dentista aconselhou, a tv recomendou e a família apoiou, Tudo inútil, como inútil é o clareamento, coisa que deixa os dentes artificialmente brancos. Será que sou só eu que me tenho me assustado ultimamente ao ver aumentar o números de sorrisos “perfeitos” e extremamente brancos? Dentes tão brancos e tão alinhados possuem o mesmo mau gosto daqueles homens de cabelo branco que pintam tudo de preto, ou pessoas que fazem plástica até suas caras parecerem de borracha. É tudo mau gosto, é tudo coisa jeca.
Jacques, eu concordo com você: “dentes perfeitos” não parecem naturais (até porque não são mesmo). O ser humano não é totalmente simétrico e, como eu disse, são as imperfeições que tornam o sorriso verossímel, crível.
Aí você entrou na questão “mercadológica” da coisa, e realmente: tem dentista indicando produtos e tratamentos por aí mais para oferecer o que o paciente quer do que para beneficiar de alguma forma a sua saúde. Não é uma coisa necessariamente ruim, mas a chance de se perder o foco no processo é grande. Eu vejo isso acontecendo bastante na indicação de uso de aparelhos ortodônticos: qualquer dente meio milímetro fora do lugar é motivo pra dizer ao paciente que ele “precisa” usar aparelho. Eu discordo disso e costumo encarar a coisa de modo diferente: se não há sintomas dolorosos (ou outras consequências mais críticas), mesmo em caso de problemas de mordida (e não só estéticos), eu informo ao paciente minha conclusão mediante o exame clínico e digo que SE ELE QUISER CORRIGIR o(s) problema(s), só usando aparelho. Porque na maioria das vezes não é uma questão de “precisar” mesmo…
Enfim, eu compreendo o seu ponto de vista. A perfeição irrita, né?! E geralmente não é chique mesmo… 🙂
Exatamente, dentes extremamente perfeitos e extremamente brancos , ao menos para mim, passam uma mensagem inversa à vendida: “preciso a todo custo passar uma imagem de limpeza, de perfeição e de assepsia”.
Repito: tenho “medo” de pessoas que precisam passar essa imagem, assim como os velhos de cabelos estupidamente pretos ou da cara esticada. É uma estética horrorosa a de hoje em dia, se mal utilizada. Grato pela compreensão.
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